domingo, 10 de julho de 2011

Aculturação

Estamos atravessando um momento onde devemos definir um identidade islâmica. Claro que o Islam é igual e o mesmo em todos os locais do Universo, porém os muçulmanos são diferentes, se é que podem me entender.
O Islam não veio para destruir culturas mas sim, agregar com a cultura local e dar o polimento final, tirando o que é de ruim desta cultura e deixar os valores já existentes que não contradizem o Islam.

Mas saiba que o Islam não pode ser influenciado por nenhuma cultura existente no mundo, mas sim, indivíduos, comunidades, povos e nações são influenciadas e guiadas pelo Islam.
Para que entendam melhor ainda, a cultura ÁRABE é influenciada pelo ISLAM, mas o ISLAM nunca será influenciado por qualquer cultura existente no UNIVERSO!

Porém, como estamos no Brasil, devemos consolidar nossa identidade Islâmica sem perder nossa cultura em detrimento do desconhecimento do Islam. Cito isso pois muitas pessoas acham que devemos nos tornar, adaptar ou até mesmo chegar ao cumulo de abdicar nossa identidade e abraçar o arabismo.

Por exemplo, não precisamos deixar de comer, feijoada, bobo de camarão, tainha assada, churrasco, macaxeira, arroz de carreteiro, tacacá, chimarrão, tererê, entre outras comidas tipicas existentes nesse Brasil continental, para comer só falafel, kibe, esfiha, humus, kabab e por ai vai.

Se você for inteligente, coma todas elas, mas não abdique de sua identidade.

Nisso que entra o Islam como citei acima, regular a vida das pessoas nesse curto período na Terra, dando ao ser humano o ápice de seu potencial em todos os âmbitos, tendo o agente regulador de tudo isso, a obediência a UM DEUS ÚNICO, Soberano de todo Universo, Único com direito de ser Louvado e Adorado e que possui os Mais Belos Nomes e Atributos, que não compartidos com nada e nem ninguém.
As ordens vem de CIMA e de de baixo!


Então meus queridos, para ser muçulmano não necessitamos saber, dança do ventre, dabke, se fantasiar de árabe, achar que o trisavô da direito de ser árabe e o pior de tudo, fumar narguilé.


Quero deixar claro que nenhuma cultura é superior a outra, cada uma delas tem virtudes, defeitos, sua história, etc. Não devemos desmerecer em absoluto as pessoas e suas culturas, embora muitas vezes ocorra o famoso choque cultural.

Mas se tu fores persistente e aprenderes realmente o que é o Islam e seus valores, com certesa esse choque é bastante minimizado, mesmo que as partes não falem a mesma lingua, porem possuem o mesmo elo aglutinador, O ISLAM.


Mas se as pessoas não aprendem e nem querem retornar ao Islam, como então lidar com isso?
Simplesmente não tem como!
O negocio é sentar, estudar e praticar.


Mas repito, isso deve ser feito sem perder nossa identidade local e ao mesmo tempo, aprender os valores nobres e verdadeiros que Allah nos brinda através do Islamismo. Sem adicionar, nem subtrair nada!
Hoje creio que isso esta sendo feito, embora o processo seja lento e gradual.


Mas atenção, não quero fazer um Islam brasileiro, verde amarelo, paraibano, cearense, paulista, gaúcho, etc... relegando, discriminando, pré-conceituando, pre-conceituando as pessoas. E pior de tudo, os próprios conterrâneos.
Aqueles que pregam isso, nada sabem sobre sua própria fé, e quem dirá de si mesmo, pois aumenta o erro com mais erro.
Peço a Allah que não torne como em muitos locais da Europa onde existem locais de oração conhecidos pela etnia X.

O Islam não é uma panelinha!


Isso é o fim da várzea, o rebotalho do pensamento minusculo e desprezível. E quem criou isso foi o ser humano influenciado por Iblis (satanás) quando não aceitou se prostrar "pela" (e não para) nova criação de Allah... Adão.


E por ultimo, se tu resgatares os valores verdadeiros e originais islâmicos, automaticamente estarás resgatando os teus valores como homem, sendo que este esta acima de qualquer cultura!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bobalhões do Inverno

Deixo para o Luiz Carlos Prates falar.




Não existem mais Gaúchos

Esse foi o segundo assunto falado pelo meu amigo e irmão Renatinho (pão com ovo) na saída da radio Cassino...
"Não existem mais gaúchos!"

Barbaridade, manda internar esse vivente!
Oigalê Tchê!
Uuuuu Bichera!
Vai levar uma tunda de mango!
Que fique bem claro que sou gaúcho e concordei plenamente com isso.

Vamos lá para a definição do termo "Gaúcho": conforme o dicionario gauches-português do bablilon transleites: http://dicionario.babylon.com/ga%C3%BAcho/
Nome pelo qual é conhecido o homem do campo da região dos pampas da Argentina, Uruguay e Rio Grande do Sul. O lendário "Centauro dos Pampas".
 
Bueno, aquele que possui conhecimento sobre, sabe muito bem que o homem do campo é o sujeito que anda de forma livre pelos pampas, assim sendo, podemos considerar ele como um "Teatino".
Barbaridade, o que é "Teatino"?
Teatino também é dentro do seu significado: O mesmo que andejo, gaudério, que caminha à toa, sem rumo.

Porém esse gaúcho que era carneador, alambrador, domador e apartador tinha uma querência, ou seja, sua casa . Mas ao longo do tempo ele abdicou da sua casa por diversos motivos, e um deles foi simplesmente a sua liberdade em vagar pelo pampa de bolicho em bolicho, de baile em baile.
Para fazer isso tinha-se que pagar um preço. Ou tu achas que a boia (comida), o pingo (cavalo), as chinas (mulheres) e as bebidas eram de graça?

Como o mundo se tornou capitalista e o Brasil precisava de comida e era exportador de matéria prima para a Europa, surgiu uma nova classe na sociedade brasileira, o Estancieiro. Não precisamos dizer que eram pessoas abastardas da sociedade. Ah ia me esquecendo, Maçons. Vide a bandeira do Rio Grande do Sul que possuí no brasão os símbolos e o lema da maçonaria: "Liberdade, Igualdade, Humanidade".
(clique na bandeira lá em cima para ver)
Como ele era rico e comprava grandes terras para seu gado e a produção do charque, que mais tarde teu outro tumulto que resultou na Revolução Farroupilha; que por sinal foi uma revolta dos ricos (ahaaaa.... os Estancieiros) e não dos pobres (os escravos, os teatinos), pois o Império comprava carne do Uruguay e Argentina e não do Sul do Brasil como forma de embargo. Mas isso é outra historia que nem vou contar.

Voltando...
Tinha o rico que queria comprar terras pata espandir seu negocio e o gaúcho que tinha sua terrinha mas não queria perder suas regalias e liberdade. O que aconteceu? O gaúcho vendeu suas terras por um bom preço e saiu de vereda a camperiar pelos pampas aonde quisesse.
Bailes, bolichos, chinas, e por ai vai custam dinheiro como sabemos e chega uma hora que vem aquela frase: "Yo no tengo plata! (Eu não tenho dinheiro!)".

Ai esta a esperteza do estancieiro, um dia teria que acabar a plata do gáucho e ele teria que voltar e pedir algum serviço para continuar a ter suas regalias. Mas isso também iria custar um preço, e esse preço ela algo de valor que todos temos ou achamos que temos hoje: "a Liberdade".

Como vimos na definição, o gaúcho é o homem do campo, o homem livre que anda pelo os pampas, aquele que tem como dono ele mesmo, o sujeito livre.
E como a guaica (cinturão multi uso) não tinha mais plata, o gaúcho sem terra (naquela época não existia o MST) precisava um modo de ganhar dinheiro. Mas sem nada? Como fazer?
Ele voltou e pediu para o estancieiro um emprego!

No momento que o gaúcho avançou a porteira da estancia, ele deixou de ser gaúcho e virou um peão de estancia. 

Repetindo: No momento que o gaúcho avançou a porteira da estancia, ele deixou de ser gaúcho e virou um peão de estancia.

UM PEÃO!
Não há nada de mal ser um peão, porém toda sua cultura e liberdade deu lugar a patronagem.
Lá se foi sua liberdade!

A liberdade dele era só aos fim de semana, porém seus pertences estavam aonde? Na estancia, ele era livre não sendo livre.

Por isso hoje o gaúcho na sua origem inesite. Podemos estar errados sim! Caso sim, o que vemos hoje é um homem que ainda guarda sua essencia de liberdade nas suas veias a beira da extinção. O que existe hoje na sociedade em sua maioria - tanto na capital quanto no interior - são as heranças culturais daquilo que realmente era um gaúcho. E o que sobrou hoje foi o termo usado na antiguidade definindo aqueles que andavam livremente pelos pampas na Argentina, Uruguay e Sul do Brasil.

Hoje em dia se olharmos bem, somos todos peões!

Esta foi a pequena convesa que tivemos na porta da saída da rádio, portanto, peço desculpa se ficares ofendido com aquilo que escrevi aqui.
A historia conta os relatos dos vencedores e omite os fracos e os perdedores.
Mas para fazer isso não precisamos mentir e nem aumentar a história.
Muito menos apagar a verdade!

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Alguns endereços interessantes que achei na internet:
http://www.revistatemalivre.com/temas.html
http://www.revistatemalivre.com/silmei12.html

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Califado

Rápido e rasteiro...


Como estas querem que exista um califado no Brasil se...

Ela mesmo não aplica o califado em seu coração?

Ela mesmo não aplica com sua família?

Ela mesmo não aplica no seu lar?

Ela mesmo não aplica o califado com seu vizinho?

Ela mesmo não vive em harmonia na própria comunidade em que vive?

Ela não sabe nem se limpar no banheiro, e muito menos sabe o que realmente ela professa.

Se ela já não sabe tudo isso, imagine se ela sabe quem é Allah, Seu Profeta e suas obrigações em relação a ele mesmo?


Sinceramente, nem sei se ele sabem quem ele é em relação ao Universo, quem dirá quanto ao Brasil!

Me desculpe meu amigo....
Mas vá carpi um lote!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Apoio do CDIAL

Ao ler no famigerado Facebook essa noticia sobre o belo apoio que o CDIAL prestará a Jardel Gregório, irmão muçulmano, o atleta olímpico e medalhista de salto triplo.

E não despreciando, fazendo chacota ou tripudiando em absolutamente nada o nosso querido irmão muçulmano.


Mas, porém, contudo, todavia peço....

... peço encarecidamente o apoio do CDIAL para difundir do Islam.
Não queremos dinheiro, mas somente livros, panfletos ou o que estiver ao alcance de vocês.

Mas deixo claro que não sou atleta, medalhista e vencedor.
Sou apenas um muçulmano querendo espraiar o Islam aonde for possível!

Por Allah nos ajudem por favor!

Veja toda matéria nesse endereço:
Com apoio do CDIAL, Jadel Gregório é apresentado em São Bernardo


Receoso?


Qual camada social que mais aderiu ao Islam na época do Profeta Muhammad (que a paz e as bençãos de Allah estejam com ele), durante a trajetória de sua vida, após a sua morte e até os dias de hoje?

Para grande parte dos ricos o Islam é tratado como uma matéria, para aqueles que não tem quase nada e que não possuem matéria e material, a única coisa que os sustenta é a fé.
Não quero relegar uma camada social, mas como escrevi antes, qual camada da sociedade pode mudar ela?

O Islam traz a igualdade para os marginalizados, justiça aos injustiçados, condições ao sem condições, e reconhece os não reconhecidos. O Islam honra o ser humano, traz dignidade e eleva o ser humano até ápice dentre todas as criaturas de Allah.
Tudo isso simplesmente reconhecendo, obedecendo e louvando a UM ÚNICO DEUS conforme Ele e Seu Profeta prescreveram a toda humanidade.

Não sou eu, tu, ele, nós, vós, eles ou elas que mandamos, mas sim, Allah o Único, o Soberano, Todo-Poderoso, Criador, Sustentador, Mantenedor de TODO O UNIVERSO.
Somente Ele possuí Nomes e Atributos que são exclusivos Dele. Ele de nada comparte de nós e nós não compartimos de nada Dele.

Todos nós como muçulmanos sabemos essa verdade, fomos abençoados com ela, sabemos o que acontecerá com quem a transgredir e renegar, e qual será o destino de todos. O destino daquele que seguiu e do que renegou, entre muitas outras coisas que Ele nos mostrou através do Alcorão e dos ditos proféticos de Muhammad (qua a benção e apz de Allah esteja sobre ele).
Tudo isso Allah fez para mostrar sua imensa Misericórdia a todas criaturas, e ainda depois de tudo isso, escolhemos a quem falar sobre o Islam?
Por acaso temos direito disso? Podemos escolher com quem falar ou transmitir o Islam? Podemos escolher quem é melhor para ser nosso irmão ou irma?

Glorificado seja Allah, Ele esta acima disse e de todas as coisas que atribuem a Ele!

Agora medite sobre isso...
No dia em que você estiver no Dia da Prestação de Contas, surgirá um grupo de pessoas que perguntará e pedirá seus direitos perante a Allah...
Ó Deus, esse homem ai sabia a verdade, morava perto de onde eu morava, mas nunca me disse ela!?
Ó Criador do Universo, ele escolheu outra pessoa para falar sobre a verdade e me deixou de lado!
Ó Senhor, fui deixado de lado por ser... (pobre, bebado(a), drogado(a), marginal, prostituta, homossexual, preto(a), índio(a), feio(a), etc..) e esta pessoa fez disso um empecilho para me falar sobre o Islam!
Ó Soberano do Universo, por causa dele não soube a verdade!
Quero o que é de meu direito Senhos pois Tu é o Justo dos Justos!

Você esta preparado para encarar isso diante do Criador do Universo? O que dirás?

Sei que é muito trabalhoso isso, sei que consome tempo, recursos e forças.
Sei também que ficamos receosos, tímidos e  envergonhados para fazer isso.
Sei que cada um de nós temos limites e capacidades.
Mas seja franco consigo mesmo e faça aquilo que esta no seu alcance.
Faça pelo menos a sua parte como uma formiguinha!
Pouco a pouco mas constante.

Mas antes de tudo, aprenda, entenda e pratique pelo menos o básico!

Saiba irmão e irmã, que o Islam levou 25 anos para ser baixado completamente por Allah a toda humanidade, e todos sabemos que ele aos poucos se espalhou pelo mundo. Mas se todos nós não darmos as mãos, nos organizarmos, conversar e não discutir, traçar metas, bolar a estrategia correta e preparar a logística similar a um batalhão do exercito, será como já esta agora.
Devemos ter humildade, sinceridade, amor e paciência, primeiramente com Allah e Seu Mensageiro e logo depois a todas as criaturas.

Como nosso irmão 'Ali Yakub disse aqui na mesquita: "Por que as coisas não vão para frente? Simples, Allah não aceita a ação das pessoas que possuem o coração sujo, por isso as coisas não vão para frente!".
E para complementar disse nosso xeique Rodrigo: "O que é de Allah fica e o que é das pessoas padece!".

É difícil?
É e não négo!
Mas saiba que Allah não depende de nós para nada.
E se Ele quiser, nos substituirá por um povo melhor.