terça-feira, 21 de julho de 2015

Recomeço?

Bueno, hoje recomeçamos as atividades.
Estivemos fora do ar por motivos técnicos e tecnológicos mais precisamente localizados no cérebro.
Queira Deus me dar inspiração para escrever algo útil.

Assim então começo, ou melhor, recomeço. Olho para os lados, pego metro, ônibus, ando pelas ruas do centro e me faço uma unica pergunta: "O que estou fazendo em Belo Horizonte TCHÊÊÊ?"

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Familía

Solidifique sua família através de seus filhos para que o futuro deles seja com menos vícios do que o nosso.

Fortaleça neles a humildade ante seus pais, a si próprios e aos outros, os valores verdadeiros do ser humano, a verdade, a boa educação, a conscientização individual e coletiva, a vergonha, a hombridade, a paciência.



Por que de tudo isso?
Simples, somos bem dizer a primeira geração de brasileiros no Islam, não podemos exigir mais do que conseguimos.

Muito querem coisas além de nosso alcance, discutem manhaj, escolas de fiqh, fazem a própria interpretação do Alcorão e da Sunnah.
Fazem analises categóricas sobre as pessoas, as pré-conceituam,  discriminam, querem que sejamos que nem sahabas.

Agora pergunto, esses ai que fazem isso tem consciência que a maioria dos brasileiros é funcionário e não patrão, pegam um ou dois ônibus, fora outros transportes, levando 2 horas até o serviço, ganham pouco dinheiro, tem dividas, que na maioria das vezes ele é o único muçulmano da família, entre muitas outras dificuldades existentes diariamente.
Que não tem sala de oração, aulas descentes na comunidade (se é que tem comunidade), algum irmão para rezar do lado e ai me aparece um e pergunta...
Qual teu manhaj? Quem é teu xeique? Temos que fazer um partido islâmico.
E como sempre, trazem consigo uma bagagem de 300 criticas destrutivas e nenhum incentivo.

Como dizemos aqui no Sul...
Mas vai te enxergar ô tranquera...

Ao meu ver, creio que essas pessoas nem sabem o que elas são comparadas ao universo. E quem dirá comparando com ela mesmo.

Para que isso não perdure querido leitor(a), invista na construção de uma boa e sólida família com valores islâmicos, mesmo que aquilo que saibas seja pouco, mas nesse pouco insira nele qualidade.
Escolha bem seu ou sua parceira e abrace sua familia e não o mundo.
Até porque, qual o local sem ser a mesquita nós vamos depois de todos os problemas, cansaço, angustia, tristeza, etc, encontados na rua?
No conforto de nossa casa com a nossa familía.
Se sua casa esta um caos similar ou pior que fora dela, como podemos ter tranquilidade e equilíbrio emocional depois de tudo que passamos diariamente?
Como podemos ter um momento de paz e tranquilidade dentro dela se não investimos nela?
Nossos braços são pequenos demais para abraçar o mundo, se tentarmos sozinhos ou com poucas pessoas abraçar o mundo, ele nos engolirá.
Porém todos temos braços grandes o suficiente para abraçar, beijar, cuidar e zelar a nossa família.
Invista em você mesmo e em sua família antes de tudo.

domingo, 10 de julho de 2011

Aculturação

Estamos atravessando um momento onde devemos definir um identidade islâmica. Claro que o Islam é igual e o mesmo em todos os locais do Universo, porém os muçulmanos são diferentes, se é que podem me entender.
O Islam não veio para destruir culturas mas sim, agregar com a cultura local e dar o polimento final, tirando o que é de ruim desta cultura e deixar os valores já existentes que não contradizem o Islam.

Mas saiba que o Islam não pode ser influenciado por nenhuma cultura existente no mundo, mas sim, indivíduos, comunidades, povos e nações são influenciadas e guiadas pelo Islam.
Para que entendam melhor ainda, a cultura ÁRABE é influenciada pelo ISLAM, mas o ISLAM nunca será influenciado por qualquer cultura existente no UNIVERSO!

Porém, como estamos no Brasil, devemos consolidar nossa identidade Islâmica sem perder nossa cultura em detrimento do desconhecimento do Islam. Cito isso pois muitas pessoas acham que devemos nos tornar, adaptar ou até mesmo chegar ao cumulo de abdicar nossa identidade e abraçar o arabismo.

Por exemplo, não precisamos deixar de comer, feijoada, bobo de camarão, tainha assada, churrasco, macaxeira, arroz de carreteiro, tacacá, chimarrão, tererê, entre outras comidas tipicas existentes nesse Brasil continental, para comer só falafel, kibe, esfiha, humus, kabab e por ai vai.

Se você for inteligente, coma todas elas, mas não abdique de sua identidade.

Nisso que entra o Islam como citei acima, regular a vida das pessoas nesse curto período na Terra, dando ao ser humano o ápice de seu potencial em todos os âmbitos, tendo o agente regulador de tudo isso, a obediência a UM DEUS ÚNICO, Soberano de todo Universo, Único com direito de ser Louvado e Adorado e que possui os Mais Belos Nomes e Atributos, que não compartidos com nada e nem ninguém.
As ordens vem de CIMA e de de baixo!


Então meus queridos, para ser muçulmano não necessitamos saber, dança do ventre, dabke, se fantasiar de árabe, achar que o trisavô da direito de ser árabe e o pior de tudo, fumar narguilé.


Quero deixar claro que nenhuma cultura é superior a outra, cada uma delas tem virtudes, defeitos, sua história, etc. Não devemos desmerecer em absoluto as pessoas e suas culturas, embora muitas vezes ocorra o famoso choque cultural.

Mas se tu fores persistente e aprenderes realmente o que é o Islam e seus valores, com certesa esse choque é bastante minimizado, mesmo que as partes não falem a mesma lingua, porem possuem o mesmo elo aglutinador, O ISLAM.


Mas se as pessoas não aprendem e nem querem retornar ao Islam, como então lidar com isso?
Simplesmente não tem como!
O negocio é sentar, estudar e praticar.


Mas repito, isso deve ser feito sem perder nossa identidade local e ao mesmo tempo, aprender os valores nobres e verdadeiros que Allah nos brinda através do Islamismo. Sem adicionar, nem subtrair nada!
Hoje creio que isso esta sendo feito, embora o processo seja lento e gradual.


Mas atenção, não quero fazer um Islam brasileiro, verde amarelo, paraibano, cearense, paulista, gaúcho, etc... relegando, discriminando, pré-conceituando, pre-conceituando as pessoas. E pior de tudo, os próprios conterrâneos.
Aqueles que pregam isso, nada sabem sobre sua própria fé, e quem dirá de si mesmo, pois aumenta o erro com mais erro.
Peço a Allah que não torne como em muitos locais da Europa onde existem locais de oração conhecidos pela etnia X.

O Islam não é uma panelinha!


Isso é o fim da várzea, o rebotalho do pensamento minusculo e desprezível. E quem criou isso foi o ser humano influenciado por Iblis (satanás) quando não aceitou se prostrar "pela" (e não para) nova criação de Allah... Adão.


E por ultimo, se tu resgatares os valores verdadeiros e originais islâmicos, automaticamente estarás resgatando os teus valores como homem, sendo que este esta acima de qualquer cultura!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bobalhões do Inverno

Deixo para o Luiz Carlos Prates falar.




Não existem mais Gaúchos

Esse foi o segundo assunto falado pelo meu amigo e irmão Renatinho (pão com ovo) na saída da radio Cassino...
"Não existem mais gaúchos!"

Barbaridade, manda internar esse vivente!
Oigalê Tchê!
Uuuuu Bichera!
Vai levar uma tunda de mango!
Que fique bem claro que sou gaúcho e concordei plenamente com isso.

Vamos lá para a definição do termo "Gaúcho": conforme o dicionario gauches-português do bablilon transleites: http://dicionario.babylon.com/ga%C3%BAcho/
Nome pelo qual é conhecido o homem do campo da região dos pampas da Argentina, Uruguay e Rio Grande do Sul. O lendário "Centauro dos Pampas".
 
Bueno, aquele que possui conhecimento sobre, sabe muito bem que o homem do campo é o sujeito que anda de forma livre pelos pampas, assim sendo, podemos considerar ele como um "Teatino".
Barbaridade, o que é "Teatino"?
Teatino também é dentro do seu significado: O mesmo que andejo, gaudério, que caminha à toa, sem rumo.

Porém esse gaúcho que era carneador, alambrador, domador e apartador tinha uma querência, ou seja, sua casa . Mas ao longo do tempo ele abdicou da sua casa por diversos motivos, e um deles foi simplesmente a sua liberdade em vagar pelo pampa de bolicho em bolicho, de baile em baile.
Para fazer isso tinha-se que pagar um preço. Ou tu achas que a boia (comida), o pingo (cavalo), as chinas (mulheres) e as bebidas eram de graça?

Como o mundo se tornou capitalista e o Brasil precisava de comida e era exportador de matéria prima para a Europa, surgiu uma nova classe na sociedade brasileira, o Estancieiro. Não precisamos dizer que eram pessoas abastardas da sociedade. Ah ia me esquecendo, Maçons. Vide a bandeira do Rio Grande do Sul que possuí no brasão os símbolos e o lema da maçonaria: "Liberdade, Igualdade, Humanidade".
(clique na bandeira lá em cima para ver)
Como ele era rico e comprava grandes terras para seu gado e a produção do charque, que mais tarde teu outro tumulto que resultou na Revolução Farroupilha; que por sinal foi uma revolta dos ricos (ahaaaa.... os Estancieiros) e não dos pobres (os escravos, os teatinos), pois o Império comprava carne do Uruguay e Argentina e não do Sul do Brasil como forma de embargo. Mas isso é outra historia que nem vou contar.

Voltando...
Tinha o rico que queria comprar terras pata espandir seu negocio e o gaúcho que tinha sua terrinha mas não queria perder suas regalias e liberdade. O que aconteceu? O gaúcho vendeu suas terras por um bom preço e saiu de vereda a camperiar pelos pampas aonde quisesse.
Bailes, bolichos, chinas, e por ai vai custam dinheiro como sabemos e chega uma hora que vem aquela frase: "Yo no tengo plata! (Eu não tenho dinheiro!)".

Ai esta a esperteza do estancieiro, um dia teria que acabar a plata do gáucho e ele teria que voltar e pedir algum serviço para continuar a ter suas regalias. Mas isso também iria custar um preço, e esse preço ela algo de valor que todos temos ou achamos que temos hoje: "a Liberdade".

Como vimos na definição, o gaúcho é o homem do campo, o homem livre que anda pelo os pampas, aquele que tem como dono ele mesmo, o sujeito livre.
E como a guaica (cinturão multi uso) não tinha mais plata, o gaúcho sem terra (naquela época não existia o MST) precisava um modo de ganhar dinheiro. Mas sem nada? Como fazer?
Ele voltou e pediu para o estancieiro um emprego!

No momento que o gaúcho avançou a porteira da estancia, ele deixou de ser gaúcho e virou um peão de estancia. 

Repetindo: No momento que o gaúcho avançou a porteira da estancia, ele deixou de ser gaúcho e virou um peão de estancia.

UM PEÃO!
Não há nada de mal ser um peão, porém toda sua cultura e liberdade deu lugar a patronagem.
Lá se foi sua liberdade!

A liberdade dele era só aos fim de semana, porém seus pertences estavam aonde? Na estancia, ele era livre não sendo livre.

Por isso hoje o gaúcho na sua origem inesite. Podemos estar errados sim! Caso sim, o que vemos hoje é um homem que ainda guarda sua essencia de liberdade nas suas veias a beira da extinção. O que existe hoje na sociedade em sua maioria - tanto na capital quanto no interior - são as heranças culturais daquilo que realmente era um gaúcho. E o que sobrou hoje foi o termo usado na antiguidade definindo aqueles que andavam livremente pelos pampas na Argentina, Uruguay e Sul do Brasil.

Hoje em dia se olharmos bem, somos todos peões!

Esta foi a pequena convesa que tivemos na porta da saída da rádio, portanto, peço desculpa se ficares ofendido com aquilo que escrevi aqui.
A historia conta os relatos dos vencedores e omite os fracos e os perdedores.
Mas para fazer isso não precisamos mentir e nem aumentar a história.
Muito menos apagar a verdade!

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Alguns endereços interessantes que achei na internet:
http://www.revistatemalivre.com/temas.html
http://www.revistatemalivre.com/silmei12.html